Voluntários estão conseguindo manter as atividades mesmo na pandemia

17 de agosto de 2020 por Vanessa Brollo

A pandemia paralisou diversos setores da economia e também impediu, pelo menos inicialmente, o trabalho dos voluntários. Mas muitos estão conseguindo se reinventar e continuam levando amor e alegria para quem mais precisa nesse momento.

É o caso do grupo Semeando Amor, que utiliza a arte do palhaço para visitar hospitais e abrigos de crianças, em Curitiba, no Paraná.

A fundadora do grupo, Letícia Witzki Morona, é estudante de pedagogia e gestão do terceiro setor. Há alguns anos ia muito ao hospital visitar o avô que estava tratando um câncer e percebeu que alguns pacientes não recebiam visita. “Aquilo me incomodava e eu decidi que queria ser a visita dessas pessoas”. Com a morte do avô, que sempre foi um exemplo para ela, esse desejo se intensificou.

A Letícia inicialmente entrou em um grupo de voluntários e um tempo depois fundou o Semeando Amor que, além de hospitais, visita crianças de casas de acolhimento.

Mas veio a pandemia. Quando percebeu que essa situação ia demorar pra passar, a voluntária Partiu Plano B, C, e D, para continuar com o trabalho.

Semeando foto 2

Junto com os outros voluntários, decidiu intensificar os trabalhos nas redes sociais. No canal do Youtube do grupo eles têm contação de histórias e até um jornal muito divertido. Também mandam vídeos bem humorados dos palhaços para quem precisa de alegria e conforto e ainda  criaram o Semeando Cartas, com a ideia de levar palavras de conforto para os profissionais da saúde que estão na linha de frente no combate ao Coronavírus. “A pandemia fez todo mundo se reinventar e nós demos continuidade porque sabemos da importância desse carinho, principalmente nesse momento”.

E mesmo na pandemia esses voluntários estão conseguindo também chegar até os pacientes que estão internados. O grupo foi convidado por hospitais de Curitiba , para participar semanalmente de uma visita online através de um robô.

Semeando Amor foto 1

Uma das voluntárias, a Amanda Stankoski, a Palhaça Poesia, fala sobre essa experiência: “Estar dentro de um tablet andando pelo hospital e falando com as pessoas faz  me sentir meio robô mesmo. Mas é incrível o quanto a tecnologia pode ser nossa aliada para que a gente consiga realizar encontros e continuar nosso trabalho. Acho que é sempre bom a gente se renovar e se reinventar enquanto palhaços e a tecnologia tá aí pra isso. O que é bem legal e maluco ao mesmo tempo."

Para Letícia, a chance de continuar o trabalho de voluntário só traz alegria. “Antes da pandemia a gente já sentia diferença no sorriso dos pacientes, acompanhantes e mesmo dos funcionários dos hospitais. E agora, mesmo de longe, continuamos com nosso objetivo que é transmitir amor, afeto e alegria, doando nosso melhor em prol das pessoas”.

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