A ideia é enviar buquês de flores para compensar a falta de abraços durante a pandemia

08 de dezembro de 2020 por Vanessa Brollo
Se não tem abraço que tal enviar flores? Essa é a ideia da Lisiane Zanardine Nizer, que começou a empreender em plena pandemia. Ela sempre teve talento para trabalhos manuais. Quando era adolescente já fazia cartões de papel vegetal para vender na escola, depois trabalhou com massinha de biscuit. Durante quase 10 anos morou em Portugal com a família onde trabalhou como costureira, diarista , garçonete, babá e também como uma editora de revista de artesanato, que sempre foi sua paixão. De volta ao Brasil, ela conta que não voltaram ricos, mas com muita experiência e muita história para contar. Arrumou um emprego como auxiliar administrativo e ficou 5 anos  em uma empresa, de onde saiu para cuidar do filho mais novo. “E enquanto cuidava dos filhos pensava em ideias para empreender”. Foi quando chegou a pandemia. “Pensando no momento que estamos vivendo, sem abraços, sem beijos, sem apertos de mãos, tive a ideia de ajudar as pessoas a enviarem carinho em forma de buquês de  flores e bombons”. Começou no dia 2 de julho, aniversário da filha que recebeu o primeiro buquê. A Lisiane monta os buquês de flores e faz as entregas, a irmã ajuda com a divulgação e cede espaço no Salão de Beleza dela para montar, vender e demonstrar os produtos. Também usa muito as redes sociais e faz parcerias. Flores O filho dela ajuda nas entregas e ajuda como babá do irmão mais novo e a filha é responsável pelas fotos. Essa rede de apoio ainda se completa com a mãe da Lisiane que ajuda quando necessário. “Estou feliz com os resultados até aqui. E pretendo continuar com os buques, mesmo depois da pandemia e sempre buscando novidades para ajudar as pessoas”. Mesmo em pouco tempo a  empreendedora já entregou mais de cem buquês e coleciona histórias emocionantes. Já teve pedido de perdão, de namoro, felicitações por aniversário. Mas uma história foi especial: "O marido entrou em contato com a gente para encomendar um buquê e disse que a esposa estava internada, a espera do parto. Isso foi no dia 17 de agosto, e o buquê seria para quando ela saísse do hospital. Porém ele não confirmava o pedido e eu logo pensei que tinha desistido da encomenda. Mas não era isso. A esposa tinha tido complicações no parto e acabou ficando até dia 21 de agosto. Graças a Deus e aos médicos mãe e o bebê ficaram bem. Entregamos o buquê e eu fiquei feliz por participar de uma entrega linda e  também  por saber que ainda existem homens tão carinhosos". As dicas da Lisiane: -Não ter medo de começar. Porquê as vezes temos muitas ideias boas e por medo nunca colocamos em prática. Tenha medo de não tentar! -Sempre pensar positivo! Porquê o início é cheio de desafios que parecem impossíveis de serem superados, mas com disposição e amor pelo que faz é possível. -Buscar inspiração na internet, mas sempre dar o seu toque final. No meu segmento dou muito valor e atenção aos detalhes.   @vipbuques Flores 2