Começar um negócio com pouco dinheiro é difícil, mas isso não é tudo na hora de definir o sucesso de uma empresa. O casal Daniela Repolês e Adriano Pereira são um exemplo disso. Com cerca de R$1 mil começaram a comprar roupas no exterior para revender no Brasil. Isto foi em meados de 2013, época em que viajaram de férias para os Estados Unidos, e ofereceram o serviço de “personal shopper” para conhecidos, no qual traçaram mapas com os melhores locais para ajudar outras pessoas a fazerem compras no exterior.
“Nessas viagens, investimos cerca de R$1 mil em roupas da Carter’s (infantil) para revender aqui. O problema é que não conseguimos repassar na velocidade que imaginávamos e todas aquelas peças ficaram em casa ocupando espaço. Foi quando a história do brechó surgiu. Uma conhecida dona de um brechó soube do caso e se ofereceu para ajudar”,
comenta Daniela Repolês, sócia fundadora e idealizadora da Giralook.
O resultado foi fantástico. Em cerca de uma semana todas as peças foram vendidas no brechó. A partir da experiência, o casal teve um “estalo”. Em um mercado como o brasileiro, que em meados de 2015 enfrentava uma grave crise econômica, com boa parte da população desempregada, a ideia de investir em um brechó que unisse preço baixo e qualidade fazia todo sentido.
“Resolvemos investir no negócio que era pouco explorado. Mas a nossa ideia era estruturar uma loja de tal forma que aquilo não ficasse mais com a cara de um bazar, com as roupas misturadas e bagunçadas. Mas todos os brechós tinham essa cultura”,
comenta Daniela.
A partir disso, o casal foi em busca de um ponto comercial na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Começaram a comprar peças infantis diretamente das mães como carrinhos, cadeirinhas bebê conforto, berços, roupas, calçados, entre outros. Hoje, dentro de uma unidade da Giralook é possível encontrar bodys infantis, camisetas, calças, brinquedos, carrinhos e até mesmo mobília para crianças. “O negócio deu tão certo que em um ano partimos para uma megastore. Nas viagens aos Estados Unidos, estudamos muito o mercado de varejo e adotamos as melhores práticas e conceitos no nosso negócio” Após o primeiro ano de operação, a empresa já faturava cerca de R$130 mil por mês. Com as redes sociais e a internet, não demoraram a pensar em uma loja virtual.
“Investimos cerca de R$20 mil na página giralok.com.br e em estratégias online. Migrar para o digital requer muita sabedoria, por isso buscamos profissionais bem engajados e capacitados na área para que nossa transformação já pudesse pensar nos futuros franqueados através do Onmichanel”,
explica Adriano.
Negócio virou franquia
Em meados de 2019, com o negócio estabilizado, o casal começou a fazer o estudo de viabilidade de franquia, que durou cerca de dois anos. Segundo Adriano, a expansão só começou de fato em 2021.
“Para nós fazia todo sentido. O conceito que desenvolvemos dentro da loja tem tudo a ver com franquias e as pessoas estavam gostando. Elas não se sentiam exatamente em um brechó e de fato a Giralook vai além disso. Queremos oferecer uma solução completa para os pais e familiares que nos procuram”.
O valor de investimento para abrir uma unidade da Giralook gira em torno de R$180 mil. O tempo médio de retorno varia entre 14 e 18 meses.
As dicas dos empresários:
- Foco, força e fé
- Hoje no mercado competitivo, o futuro empreendedor deve estar antenado com as oportunidades que aparecem, principalmente quando há dilemas, dúvidas.
- Ter resistência ao máximo para enfrentar todas as barreiras e acreditar sempre no seu objetivo.