Aproveitou as horas de folga para se tornar fotógrafo profissional

27 de janeiro de 2021 por Vanessa Brollo

Ser fotógrafo profissional é motivo de orgulho para o Marco Aurélio Godinho, que se orgulha ainda mais de ter conseguido se formar como fotógrafo enquanto tinha um emprego fixo na área de química industrial. O Marco se formou primeiro como técnico em química e logo conseguiu emprego na área, mas a empresa passava por dificuldades financeiras, o salário estava abaixo da média. Desanimado, ele diz que afogou a frustração comprando uma máquina fotográfica. Para tentar um salário melhor, em uma grande empresa, começou o curso de Química na Universidade Federal do Paraná. Essa preocupação com emprego, segundo ele, é um reflexo de uma geração que sempre foi educada para isso, ter emprego, benefícios, estabilidade.

“Nesta época nem sabia e nem conhecia o termo empreendedorismo. Ter negócio próprio então, jamais! Isso era um problema que eu não queria para mim”

Ele acabou trancando o curso na faculdade para buscar novas oportunidades no mercado de trabalho e conseguiu uma vaga em que teria que fazer revezamento de turnos. Sonhando com uma carreira e com possibilidade de benefícios, pagou o preço e trabalhou muitas noites de Natal e viradas de Ano Novo. Mas ele também tinha muitas folgas e um funcionário antigo que deu a dica de que deveria aproveitar melhora as folgas. Aquilo ficou na cabeça do Marco que aproveitou as folgas para terminar a Faculdade de Química. Depois disso, trabalho e folga, trabalho e folga e … depressão.

Foto: Marco Godinho

Foto: Marco Godinho

 

Nesse momento a esposa do Marco, a Gisele Marina Protasiewyck o incentivou a ter um hobby. “E nesta hora lembrei da minha câmera fotográfica que nesta época já era muito defasada. Ganhei de presente da minha esposa um curso de fotografia em um dos centros de ensino profissionalizante mais conhecidos de Curitiba”. Quando se tornou fotógrafo profissional a depressão tinha ido embora e ele percebeu também que tinha uma grande oportunidade de negócio. Sem coragem de se assumir somente como fotógrafo, durante algum tempo foi operador petroquímico e fotógrafo, até que a indústria em que trabalhava fechou. Era o empurrão que precisava. Hoje Marco é fotógrafo de casamentos e eventos sociais e a esposa, também fotógrafa, faz ensaios com recém nascidos e gestantes. Os dois montaram um estúdio e estão formando uma lista de clientes. E mesmo com a pandemia, continuam trabalhando fazendo retratos profissionais. E por falar em ter orgulho do trabalho, outro dia o Marco foi no bar que a tia ele tem, em Curitiba, e ela perguntou: "Você continua desempregado?". Respondi para ela: "Não. Estou trabalhando! E trabalhando como fotógrafo junto com a minha esposa!".

As dicas do Marco

-Veja as coisas sempre por vários ângulos. Veja o lado bom mas sempre considere o lado difícil também. Tudo tem o lado bom mas nem tudo é fácil como parece.

-Busque referências da área que quer atuar e, se possível, tente contato com essas pessoas. Escute suas histórias e principalmente os caminhos que percorreram e o tempo que levaram para alcançar suas metas.

-Organização e estudo são os meios mais seguros para se atingir o que quer.

@marcogodinhofotografo @giselemarinafotografia www.marcogodinho.com.br