Como gerente nacional de uma grande indústria farmacêutica, o José Luiz Policeno tinha um salário de R$ 15.000,00 por mês, viajava por todo o Brasil e tinha estabilidade. Mas... Estava infeliz com as cobranças que começavam às seis da manhã. O stress tomou conta da vida dele. ”Domingo de tarde eu ficava deprimido porque sabia que tinha que trabalhar na segunda, e quando chegava nos clientes, não estava conseguindo sair do carro”.Quando a situação se tornou insuportável, o José começou a pensar seriamente na possibilidade de mudar e resgatar o sonho antigo de ser barbeiro. A paixão pelo ofício da barbearia começou quando ele ainda era criança, no interior do Rio Grande do Sul. O profissional que cortava o cabelo do José também tocava violão e como o menino gostava de ver o barbeiro tocando violão, passava um bom tempo no lugar. E assim se encantou com o trabalho.Tanto que quando entrou na escola agrícola, mentiu para os colegas que era filho de barbeiro para que eles deixassem ele cortar o cabelo deles. “Acertei o primeiro e durante algum tempo cortei o cabelo de quase todos os 200 alunos”. Mas assim como acontece com muita gente, a vida acaba nos afastando dos nosso sonhos. O José foi trabalhar na área comercial e passou por algumas empresas até chegar ao cargo que começou a fazer mal para a saúde dele. E foi depois de uma discussão com o chefe que ele pediu as contas para fazer o que realmente sempre gostou. Em 2012 abriu a primeira barbearia. Inspirada nos anos 40 e 50, a Barbearia Saint Germain, em Curitiba, faz o cliente voltar no tempo em um ambiente charmoso, cheio de objetos e móveis antigos. “Algumas cadeiras têm mais de 100 anos”. A ideia, segundo o empresário, é que os clientes façam a barba, cortem o cabelo e aproveitem para encontrar os amigos ou apreciar uma bebida. Hoje o José tem mais duas barbearias, uma delas com um sócio, e diz que mudar foi a melhor escolha que ele poderia ter feito. E tem mais, ele já consegue alcançar o ganho que tinha como executivo e a ansiedade no domingo agora é para que chegue logo a segunda para ir para o trabalho.
- Faça! Mas se prepare para isso, no meu caso eu não queria somente uma barbearia. Pensei no público, no ponto, no ambiente diferenciado
- Trabalhe de forma organizada
- Pense a longo prazo, porque só depois de 5 ou 6 meses é que comecei a pagar as contas
- O dinheiro é importante, mas não é tudo