A iniciativa “Pamoja Tunaweza”, que na língua africana Suaíli, significa “Juntos Somos Capazes”, acaba de chegar ao Brasil. Esta iniciativa social, desenvolvida pelo projeto Mozambique LNG, acaba de trazer ao Rio de Janeiro cinco profissionais da culinária moçambicana para participarem de um curso de formação de chefes-professores em técnicas internacionais para atuarem na primeira Escola de Gastronomia da vila moçambicana de Palma, em Cabo Delgado.
A escola, que será construída na província de Afungi, tem previsão de inauguração em 2023 e oferecerá o curso de “Cozinheiro Profissional” no segmento “Gastronomia e Arte da Mesa” para os moradores da região. Localizada no norte de Moçambique, Cabo Delgado é uma província com grande potencial turístico.
Serão três meses de curso em que os alunos estão passando por uma intensa programação, que inclui vivências locais, além de certificados internacionais concedidos por uma das mais reconhecidas escolas de culinária do mundo, a Le Cordon Bleu, no campus Rio de Janeiro, e pela formação profissional Da.Ro em aulas exclusivas onde aprenderão mais sobre técnicas culinárias de cozinha e confeitaria, nutrição básica, gestão de custos, gestão de pessoas, postura e ética, entre outros.
Dois renomados e premiados chefs franceses, residentes no Brasil, são os responsáveis pela formação e funcionamento da escola em Moçambique: Roland Villard e David Mansaud. "Fazer parte desse projeto é motivo de muito orgulho. Gosto de dizer que a gastronomia é uma linguagem universal, afinal, todos precisam dela para sobreviver. Por isso, sempre que puder, vou apoiar projetos que promovam o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos para as principais comunidades do mundo", afirma o chef Roland Villard.
Para David Mansaud, a iniciativa é importante para apoiar a educação e a economia da região. "É tanto uma honra quanto um desafio criar e desenvolver uma escola profissionalizante e uma geração de cozinheiros formados na região. Espero que seja uma oportunidade para desenvolver a economia e educação em Cabo Delgado. Queremos utilizar os produtos locais sem mudar a cultura e criar oportunidades de melhorias para os moradores da região”, explica Mansaud.
O projeto será dividido em etapas, com os primeiros três meses de aulas no Brasil, seguidos de mais dois anos de acompanhamento e formação em Moçambique, com o objetivo de realizar uma troca de experiências entre as três culturas: Moçambique, Brasil e França.
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