A Claudia Cardoso conheceu o kombucha quando morava na Austrália. A bebida a ajudou a superar um problema digestivo crônico que tinha desde a infância. Se apaixonou pelo produto, começou a aprender as melhores técnicas de produção e a fazer em casa para consumo próprio. Quando voltou ao Brasil, para trabalhar numa multinacional, não encontrou fabricantes do kombucha e continuou produzindo em casa. O kombucha, para quem não conhece, é uma bebida super natural, feita com chás que passam por um processo de fermentação. Após o processo, ela adquire micro-organismos que atuam no sistema digestivo, além de ganhar um gosto azedinho e ficar naturalmente gaseificada. A Claudia trabalhava na área de marketing de uma multinacional, quando decidiu que ia começar a fabricar kombucha para vender. O irmão da Claudia,Thiago Cardoso também publicitário, tinha acabado de se desligar de uma startup de tecnologia e estava buscando uma nova empreitada para investir. “Quando vimos que a tendência de consumo do produto estava ganhando força em diversos países, sobretudo nos EUA, resolvemos investir, junto com especialistas, na fabricação comercial da bebida a fim de oferecer o produto em sua melhor forma por aqui”. No início, os dos reformaram um pequeno espaço e faziam tudo, desde a produção até a entrega. Segundo o Thiago foi uma fase que visava a validação do produto.
“Somente após sentir que tinha boa aceitação, investimos numa estrutura industrial”.
Como não havia ninguém no Brasil que dominasse o assunto eles contrataram uma empresa de consultoria americana especializada no segmento de kombucha e contaram com a ajuda de engenheiros locais especializados na indústria de cerveja. Os dois foram pioneiros na produção industrial da bebida no País e estão em mais de 300 pontos de vendas em diversos estados. Desde que começaram a produzir kombucha a concorrência aumentou muito. “Acende um sinal de alerta e reforça a importância de focarmos na qualidade do produto e investirmos em pesquisa e desenvolvimento, a fim de nos mantermos posicionados como referência no segmento”.
As dicas dos empresários:
-Manter o foco e o equilíbrio durante as inúmeras turbulências que inevitavelmente acontecerão.
- Estar aberto a críticas e elogios, mas encará-los com equilíbrio emocional para que eles não gerem frustração ou empolgação demasiadas.
-Por mais que um negócio pareça simples, não subestime o trabalho e o envolvimento emocional que ele pode gerar, pois eles sempre são maiores do que imaginamos.