É como entrar em uma fantástica fábrica de sanduíches. Rodrigo Miranda Silva, criador da marca Vininha, tem um espaço, em Curitiba, só para produção e chega a vender 700 mil sanduíches por mês.
Com lojas próprias e franquias, é sim um empresário de sucesso, mas em fevereiro deste ano Partiu Plano B, teve que se reinventar. Essa decisão, segundo ele, foi determinante para a sobrevivência do negócio.
Rodrigo é de Porto Alegre e chegou em Curitiba em 2000 para fazer o planejamento de marketing de uma operadora de telefonia. Em 2002 decidiu se tornar empresário. Junto com um sócio, abriu a primeira unidade do Vininha. Um pequeno negócio para vender sanduíche recheado com salsicha, vina, para os curitibanos.
Depois de alguns anos só com telentrega o Rodrigo abriu a primeira loja. Comprou a parte do sócio e seguiu sozinho no caminho do sucesso. A marca Vininha cresceu e o empresário percebeu que poderia lucrar com franquias. Chegou em 2013 com 33 contratos de franquias, 27 lojas e uma super estrutura administrativa em um andar inteiro de um prédio, em Curitiba. “A impressão é que a gente ia dominar o mundo”, brinca o empresário.
Mas o ano de 2014 iniciou lento e depois da Copa do Mundo no Brasil o mercado caiu de vez. E foi neste momento que o empresário decidiu “cortar na carne”. Fechou o mega escritório, reduziu pessoal na fábrica e remodelou a proposta de franquia. Quem quiser investir, agora pode ter uma loja do Vininha, mas também pode ser um distribuidor dos produtos. A ideia é vender em lojas de conveniência, cafeterias, hotéis, escolas e supermercados, onde o cliente terá a chance de levar para casa o produto congelado. As lojas da marca também vão ser diferentes, mais parecidas com cafés. “Decidimos dar alguns passos para trás para garantir um crescimento consistente”, explica.
Apesar da estrutura física ter diminuído, o Rodrigo tem 180 pessoas trabalhando no negócio.A mudança, segundo ele, foi determinante para a jornada da marca. “A gente agora traça um plano para chegar até o final do ano que vem em 180 cidades”.
As dicas do Rodrigo
-Empreender é um caminho sem volta porque você não vai querer outra vida. Apesar das dificuldades você não vai querer voltar para o mercado de trabalho. Se eu quebrar, eu sei me virar com os tipos de problemas que já vivi.
-Você vai viver problemas que vão te ajudar a amadurecer, vai se tornar uma pessoa mais escolada, mais bem estruturada para resolver os problemas que vão acontecer. Se prepare para ser um administrador de “pepinos”.
- Você não vai ganhar dinheiro em curto ou médio prazo e talvez a longo prazo, talvez, você ganhe dinheiro. O fator motriz não é o dinheiro, se o dinheiro for o seu objetivo, esqueça. Não tem como montar um negócio pensando em dinheiro. Isso é consequência de muito trabalho e muito esforço.
- Então, se prepare para trabalhar bastante. Todo mundo vai achar que você tem dinheiro, a sua marca pode ser forte mas reforço que vai levar tempo para começar a ganhar dinheiro.
- Só que é muito prazeroso empreender. Eu acordo todo dia com vontade de trabalhar e sou um dos últimos a sair. Sou apaixonado pela minha empresa, pelo meu trabalho.
- Se prepare para o desconhecido. Como? Se preparando internamente. Eu não posso me abater com as dificuldades externas. É crise, é problema jurídico, são críticas nas redes sociais, que acontecem. Mas como liderança você tem que demonstrar segurança, ser uma fortaleza, por mais difícil que seja o cenário, senão a confiança da sua equipe se abala.
www.vininha.com.br
E por falar em equipe. Aqui está a galera da fábrica do Vininha