A Cilmara Xavier enfrentava uma depressão profunda quando começou a prestar atenção nos amigurumis, os bonequinhos feitos de crochê. Mas ela nem imaginava que pudesse produzir algo parecido. “A única coisa que eu sabia fazer era uma correntinha que minha vó ensinou para usar como cachecol nas bonecas”.
A Cilmara é Artista Plástica por formação e, segundo ela, empreendedora e artesã por paixão. Em 2011, realizou o sonho de ter uma marca própria de aromas, a Flor d’Andorra e chegou a ter 5 pontos de vendas. Em 2015, no meio da recessão que o Brasil passou, não conseguiu manter toda a estrutura, foi fechando um ponto de cada vez até ficar somente com a venda pela internet e alguns bazares. No final de 2019, já com as atividades da empresa de aromas encerradas, teve uma doença vascular bem séria e ficou 60 dias de cama. Um período de medo, desânimo e que trouxe uma depressão.
No começo de 2020, uma vizinha emprestou para a Cilmara um livro com o título: Jesus. Ela diz que relutou para ler porque achava que ela e o filho estavam abandonados. “Numa noite de insônia, peguei o livro e comecei a ler alguns trechos e ele aqueceu tanto o meu coração que retomei do início e em 1 dia eu devorei o livro. Meu filho, vendo isso também resolveu ler. A mudança começou de forma gradativa, mas já sentia nas pequenas coisas que algo estava acontecendo”.
E foi nesse momento, ainda com depressão que começou a história com os amigurumis. O filho da Cilmara, o Thyago Xavier, que ela considera o seu anjo da guarda, fez uma surpresa e levou a mãe até uma loja de armarinhos para comprar o básico para fazer uma receita de amigurumi.
“ A partir desse momento duas coisas aconteceram, eu aceitei JESUS no meu coração e na minha vida e me entreguei de cabeça nos amigurumis. Aprendi através de tutoriais na internet e a coisa fluiu”.Esse Plano B na vida profissional veio acompanhado de uma mudança radical também na vida pessoal. A Cilmara nasceu e cresceu em Curitiba, no Paraná, e nunca pensou em mudar, mas decidiu se mudar para a pequena Bombinhas, cidade litorânea de Santa Catarina. E perto do mar, a mulher que passava os domingos deitada na frente da TV agora faz trilhas de até 10 quilômetros.
A transformação que experimentou na vida,foi a inspiração para se dedicar 100% à produção de santinhas e santinhos. "Senti essa necessidade quando vi o quanto as pessoas estavam precisando de fé, de crença e de Jesus nos seus corações. Cada peça que eu faço, imprimo nela amor, carinho, empatia e muita fé... para que ela siga levando tudo isso para quem adquiriu a peça”. E a Cilmara quer utilizar todo esse aprendizado em aulas onlines, que ela deve lançar em breve, para ajudar outras pessoas que passaram por problemas como o dela. “Quero mostrar que quando se tem um propósito baseado nos ensinamentos de Jesus, podemos e devemos partir para nosso plano B”.
A avó da Cilmara, acabou dando um amuleto da sorte para ela, uma agulha de crochê, que tem mais de 100 anos, que ela usava para ensinar a neta a fazer os primeiros pontos de crochê. “ A minha marca hoje é o meu nome, pois tenho orgulho da pessoa que me tornei depois de tudo o que passei”.
As dicas da Cilmara:
- Perseverança
- Fazer o que gostara
- Desistir jamais .Tem muita gente que desiste no primeiro obstáculo, no primeiro comentário negativo. Pra mim esses obstáculos foram a alavanca pra me jogar pra frente
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