Ter um negócio de sucesso é o sonho de todo empreendedor, mas nem sempre é fácil. Laura López, é exemplo de empreendedora “raíz”. Mesmo depois de quebrar duas vezes, ela transformou, ao lado da amiga Claudia Kiriyama, um salão de beleza em uma rede de esmalterias com mais de 70 lojas que já faturou mais de 3 milhões mesmo com a crise. A empresária é uma prova que a diferença entre sucesso e fracasso está no que cada um faz a partir de cada experiência.
A primeira tentativa da Laura foi com uma pizzaria delivery aos 22 anos de idade. Era um negócio familiar que faturava pouco para muitos envolvidos. Ela precisou então renunciar ao projeto. Depois da primeira empreitada frustrada, resolveu deixar o mundo corporativo e abrir uma loja de roupas infantis em um shopping localizado na região do ABC Paulista, em São Paulo. Foram quatro anos, segundo a empreendedora, “patinando”, sem lucro algum. “Todos sabemos que shoppings cobram valores altíssimos de aluguel, o que acaba inviabilizando muitas operações de menor porte. Não chegamos a levar um prejuízo enorme, mas foram anos de esforços gigantescos para apenas fechar as contas e pagar os funcionários no fim do mês”, explica.
Após a segunda tentativa frustrada, Laura precisou voltar para a sua carreira corporativa. Especializada em tecnologia da informação, atuou com vendas de software para a área médica. Foi neste contexto que conheceu a amiga e hoje sócia Claudia Kiriyama.
As duas se tornaram grandes amigas. Compartilharam entre si a vontade de se dedicar à maternidade, mas lamentavam a falta de tempo e flexibilidade de horários. Claudia nunca havia se aventurado como empresária, mas o “brilho nos olhos” da amiga a encantava.
A criação do negócio surgiu após muito estudo. Dia após dia olhavam vários mercados diferentes com o objetivo de embasar suas decisões em números. Descobriram que o setor de beleza e estética era, de certa forma, “imune” às crises. “Mesmo quando há um período de resultados negativos, a volta sempre é muito forte. As mulheres brasileiras amam se cuidar” explica.
A partir disso, elas uniram todas as economias acumuladas durante anos de trabalho, cerca de 70 mil reais, e fizeram uma proposta de compra por um antigo salão localizado na região do Itaim Bibi, em São Paulo.
“Demos uma entrada e parcelamos em 5 vezes. Pagamos com o próprio lucro que foi entrando. Com o tempo, mudamos a configuração, o conceito e deixamos tudo com a nossa cara”, comenta Claudia.
Entre as modificações, aumentaram as opções de serviços disponíveis para as clientes. Hoje são oferecidos serviços em 7 áreas de especialidades: Unhas, cabelo, cílios, sobrancelhas, depilação, estética e podologia. A cor Turquesa foi escolhida pois todos os atributos dela seriam transmitidos durante o atendimento: relaxamento, saúde, bem-estar, energia positiva e alegria.
Depois do sucesso de três lojas próprias houve muita demanda por consultoria e até pedidos de sociedade. Foi então que as amigas resolveram expandir ainda mais o projeto por meio do franchising. Hoje, em plena pandemia causada pelo coronavírus, as lojas da marca, além de seguirem regras de biossegurança para evitar o contágio da doença, apostam na experiência de atendimento da cliente. Outro diferencial é que cada unidade conta com espaços ‘instagramáveis’ para fotos, um aroma exclusivo desenvolvido pela própria franqueadora, além de receitas próprias de Drink Turquesa e Capuccino. As clientes também recebem massagens em pés e mãos durante o atendimento. Mesmo com a crise, o negócio manteve o número de unidades apesar da queda de faturamento. Hoje são 70 no total e a previsão é que outras 50 sejam abertas até o fim de 2021.
As dicas da Laura: