“Tenho 42 anos, sempre trabalhei com números até que em 2014 decidi "chutar o balde" e aprender uma nova profissão”.Quando a Amanndha Pina, que mora em São Paulo, entrou em contato comigo foi com essa frase que resumiu a história dela. Depois de uma declaração assim, não tive dúvidas de que esse exemplo de vida poderia inspirar outras pessoas.
Formada em administração, durante 20 anos as atividades da Amanndha estiveram ligadas às áreas administrativas e financeiras.Quando decidiu buscar novos projetos se deparou com uma vaga de maquiador em um edital da TV Cultura e ficou encantada com a possibilidade de aprender e partir para outra experiência profissional. ”Fui atrás de cursos, me encantei com a maquiagem artística, mas estou sempre querendo aprender mais. Me encontrei nessa atividade, e quando você gosta do que faz sabe que não pode deixar de aprender”.
O curioso é que a Amanndha nunca imaginou a possibilidade de fazer algo artístico, mas como o curso para maquiador cênico era o que tinha a data mais próxima, ela se inscreveu.“Na época foi um grande desafio, pois nunca fui de me maquiar tanto, era só um batom e delineador e também só quando saía para festas. Ou seja, pegar nos pincéis já pensando em fazer arte foi incrível e agradeço muito ao meu professor Gil Oliveira (até hoje) pelos ensinamentos e a paciência”.
A Amanndha confessa que o início não foi fácil, mas hoje ela comemora o fato de não ter rotina .”A diferença é que por enquanto não tenho renda fixa, mas estou sempre fazendo coisas diferentes em lugares diferentes e isso agrada muito também”.
As dicas da Amanndha:
- Tenho um conselho que sempre falo aos meus filhos (tenho dois já adolescentes): sempre queiram aprender. Diploma hoje é fácil obter, mas diferencial não, então tenham prazer na atividade, se aparecer uma oportunidade que tem a ver realizem, se não der certo procurem outra.
- Para aquilo que requer investimento tentem fazer um mapa mental, um planejamento, assim sempre se aprende.
- Não tenham medo de arriscar. Tim Rice (Musical o Rei Leão entre outros), numa palestra que fui no Sesi,nos disse que ele só se descobriu na nova profissão e que podia fazer bem porque errou numa das tarefas e desistiu. Era para ser advogado vejam só!