Como você pode ajudar os refugiados que chegam ao Brasil
19 de outubro de 2016 por Vanessa Brollo
Quando começaram a aparecer na TV as primeiras reportagens sobre os refugiados, principalmente as pessoas fugindo da guerra na Síria, esse ainda parecia um problema distante. Mas agora eles estão aqui no Brasil, na nossa cidade, no nosso bairro e não são só os Sírios. Segundo dados divulgados pelo Conare (Comitê Nacional para Refugiados do Ministério da Justiça) em maio deste ano, são haitianos, sírios, angolanos, colombianos, congolenses, libaneses, iraquianos, liberianos, paquistaneses e pessoas provenientes de Serra Leoa.
[caption id="attachment_4289" align="alignnone" width="800"] Martha com Monique Bittencourt, voluntária Adus[/caption]
Quando essa realidade chegou para valer no Brasil a jornalista Martha Toledo, de Curitiba, estava em um momento de transição em sua vida.
A profissional de comunicação, que atuou durante 10 anos no mercado náutico, sempre se preocupou com questões sociais e fez trabalhos
voluntários, mas em 2015 ela decidiu largar tudo e se dedicar somente ao que fazia sentido pra ela. Ajudar quem precisava de ajuda.
"Fui trabalhar como voluntária na Pastoral do Migrante e fiquei completamente envolvida pela causa”,conta.
A Martha conheceu o Adus, Instituto de Reintegração do Refugiado. A OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público)
foi fundada em 2010, em São Paulo, pelo internacionalista Marcelo Haydu, com o objetivo de ajudar a reintegração de refugiados e
pessoas em situação análoga ao refúgio, como é o caso dos haitianos. Em 2016 ela trouxe o Instituto para Curitiba com o objetivo de
ampliar o trabalho para atender também a capital paranaense e hoje coordena o Adus na capital paranaense.
O Adus Curitiba - Instituto de Reintegração do Refugiado trabalha em várias frentes: educação, trabalho e renda, empreendedorismo, saúde, cultura, conscientização, auxílio jurídico, informação e um projeto especial chamado Facilitador Social, que conta com voluntários dispostos a auxiliar no acolhimento de refugiados e ajudá-los a resolver todas as demandas que precisam para iniciarem suas vidas em uma nova sociedade. “Nossa ideia não é trabalhar com assistencialismo, mas dar oportunidade para que os refugiados possam ser protagonistas de suas próprias histórias com dignidade e segurança”.
Se você quer ajudar os refugiados saiba quais são as principais frentes de trabalho do Adus e torne-se voluntário:
-A equipe de voluntários da área jurídica ajuda com questões legais como visto de refúgio, documentação, entre outros.
- Outra equipe ajuda com as demandas de trabalho no auxílio na montagem do currículo, validação de diplomas, programas de capacitação e ofertas de emprego, entre outros.
- Tem ainda os facilitadores sociais que conhecem os refugiados e auxiliam em demandas específicas como consultas médicas, escola para as crianças, entre outras.
- Os voluntários da área da psicologia, que disponibilizam atendimentos psicológicos gratuitos para os refugiados
- Voluntários de diversas áreas que desenvolvem eventos e ações para captação de recursos para a ONG, promoção do tema refúgio, inserção cultural e participação do Adus Curitiba - Instituto de Reintegração de Refugiado em eventos e programas que beneficiem nossos atendidos.
Um desses eventos é o IntegrAdus, um evento aberto ao público e com entrada franca, que acontece a cada dois meses e promove um dia de união e celebração cultural e conta com food trucks, apresentações de música ao vivo, dança, bazar de roupas, exposição de fotografias e feira artística. Além disso, temos o Sabores & Lembranças - evento gastronômico com aulas interativas de culinária ministradas por refugiados que apresentam a gastronomia de suas terras-natais.
“Atendemos refugiados das mais diversas áreas de conhecimento e trabalho, que já atuavam em seus países de origem em alguma profissão e que também estão dispostos a aprender um novo ofício para se reintegrar à nossa sociedade”. A gastronomia está sendo uma ótima saída para alguns deles, que decidiram trazer as influências e conhecimentos da culinária de seus países de origem para o Brasil e que também estão dispostos a aprender mais sobre gastronomia e cozinha para atuarem aqui. “Capacitação em empreendedorismo seria muito interessante para auxiliar estes que percebem em um negócio próprio uma oportunidade de reconstruírem suas vidas”. Além de ser voluntário você pode ajudar com doações em dinheiro para viabilizar os programas e ações de auxílio a refugiados.
Olá Maurício, infelizmente esse grupo não faz mais esse trabalho, mas tenho certeza que você vai encontrar alguma ONG onde posso trabalhar como voluntáiro.
Parabéns pela iniciativa
Vanessa Brollo