Bailarinas desenvolvem roupas para uso pessoal e descobrem nicho comercial

18 de março de 2025 por Vanessa Brollo

Indignadas com collants que sobem, meia que aperta a barriga e até etiqueta difícil de tirar, professora e aluna de ballet  partiram para a pesquisa de modelagem, patentearam suas criações e começaram o próprio negócio. As sócias Mariah Spagnolo e Juliana Quege, tocavam suas carreiras quando foram surpreendidas pela demanda por um produto que elas desenvolveram para si próprias.

Mariah, professora de balé, e Juliana, que iniciou como aluna de balé aos 40 anos, usam com frequência as roupas necessárias a essa prática. “Eu estranhei o quanto elas eram desconfortáveis, e perguntei para a Mariah se as roupas das profissionais eram iguais. E eram igualmente ruins”, conta Juliana.

Determinadas a acabar com o elástico que esmaga a barriga, o collant que expõe as nádegas a qualquer movimento e meias calças que não resistem a uma única aula sem puxar fio ou rasgar, elas se uniram a um time de costureiras experientes e criaram, em 2022, sua primeira coleção de roupas adequadas para aulas de balé adulto. O diferencial, segundo as empresárias  é que são roupas de balé que não apertam, servem em diferentes tipos de corpo, com elasticidade bilateral e maior qualidade e durabilidade. A Pointè Brasil surgiu, em 2022, como grife autoral, criadora de modelos inovadores.

“Foi uma surpresa o número de pedidos que tivemos para roupas que, inicialmente, seriam para uso pessoal. E assim criamos um site de vendas online e a marca só cresceu”, explica Mariah.

Na sequência, vieram muitas outras inovações, por meio de tecidos tecnológicos e melhorias de formato, e elas também trouxeram linhas de peças para o público infantil.

Um exemplo de melhoria trazida para as salas de aula pela dupla é a meia-calça "I Need You Baby". A inovação proposta para a meia-calça conversível de suplex foi um cós feito em tule com elastano, que possui toque macio e proporciona uma compressão adequada que não machuca. Disponível nas cores salmão e preto, este produto já se tornou um dos mais vendidos da marca – assim como a sapatilha meia ponta e a legging em tule – e conquistou o coração das bailarinas adultas que sofriam com o elástico que esmagava e marcava a barriga. Algumas se identificaram a ponto de tornarem-se embaixadoras, como Milena Pontes (@tutu4love) e Mari Marun (@marimarun.ballet), além da influenciadora Marina Mompean (@marinabailarina), que ganharam collants especiais na linha de produtos Pointé, que levam seus nomes.

 

As dicas das empresárias:

-Se o que você procura não existe para comprar, outras pessoas podem estar precisando. E vão inevitavelmente comprar da sua empresa.

-É um clichê, mas fazer o que se ama, nos permite nos esforçar mais, no entanto de forma mais leve.

-Ter um(a)sócio(a) que tenha sonhos semelhantes aos seus e habilidades que te complementem. É muito possível que teu melhor amigo tenha habilidades muito parecidas com as suas, o que não agregará muitas skils ao seu negócio; assim como é possível que seu sócio seja uma pessoa diferente de você, o que torna o dia a dia de uma empresa muito mais fluido.

 

www.pointebrasil.com.br

 

COMENTÁRIOS
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JUSTINA
18 de março de 2025 Responder
Bela história essa da Pointè...
ZAIDA
18 de março de 2025 Responder
Produtos de alta qualidade .Parabéns as duas jovens
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