A pandemia acabou sendo um incentivo para realizar o sonho de ter uma confeitaria

01 de novembro de 2021 por Vanessa Brollo

Quando teve o primeiro lockdown parcial por causa da pandemia, o Gustavo Lorezon, que atuava na área de eventos já há 20 anos, tinha a sensação de que em pouco tempo tudo voltaria ao normal, mas não foi o que aconteceu.

Quando completamos o período de um mês com as atividades suspensas entendemos que por precaução deveríamos avaliar outras possibilidades de desenvolvimento de atividades”.

Apesar de sempre ter trabalhado com cozinha salgada, ele sonhava em ter uma confeitaria e foi durante esse momento de incertezas em todo o mundo, que o Gustavo começou a refletir sobre o tempo e teve certeza que é precioso e que devemos aproveitá-lo da melhor maneira possível.

Deve-se agir, esperar não é mais opção viável”

Na busca para encontrar um novo caminho para a vida decidiu que, mesmo no meio do caos, queria encontrar prazer e encantamento e encarar os desafios como uma mola propulsora para continuar a movimentar-se. Mas como começar com uma confeitaria em um momento em que está tudo fechado? A escolha foi pelos modelos take away e delivery. Assim, o Gustavo e seu sócio Beto Motter abriram o “laboratório” de doces autorais. Mesmo com toda a experiência na área de eventos, o empresário disse que muitas surpresas e problemas não previstos acontecem e, nesse caso, o melhor é agir rapidamente para resolver da melhor maneira possível.


“O desenvolvimento e exercício desta habilidade de resposta rápida e a capacidade e agilidade em encontrar soluções viáveis provavelmente são as características mais importantes que trouxemos da área de eventos para a formatação deste novo negócio”.

Para se relacionar com o cliente que estava em casa, as redes sociais foram uma ferramenta importante e ainda teve a preocupação de trabalhar a linguagem das imagens e linguagem  tátil das embalagens para que os conceitos acompanhassem o cliente até seu destino ainda antes de degustar o doce. Aliás, durante a pandemia o doce se tornou uma opção de presente e o empresário espera que se torne uma tendência que seja incorporada na vida das pessoas.


“Particularmente acredito que não há presente melhor do que comida. Tem um link direto com a essência da vida. Com o “manter-se vivo”. Eu entendo que é o exercício do carinho máximo com o outro”.

Agora,com o salão aberto para os clientes, os empresários comemoram o sucesso e seguem com o objetivo de criar receitas originais que proporcionem uma experiência completa: o encantamento sensorial, a descoberta do novo e o prazer da degustação.

Foto: Kraw Penas 

Um dos doces mais famosos da casa é o Partly Cloudy, composição leve e aerada de camadas com maracujá, manga e coco, com forma de nuvem em jatos cinzas, que lembra os dias cinzentos de Curitiba.

O Catarina, que evoca a imperatriz russa de mesmo nome, uma tarte de cacau, recheio de Gianduia, torres de chocolate belga 50% “coroadas” pela crocância perfeita do praliné de amêndoas e avelãs. Folhas de ouro comestíveis para completar.
 

As dicas do Gustavo

- Ë primordial entender que qualquer ramo da gastronomia envolve muitas e muitas horas de trabalho diário. É preciso disposição e comprometimento completo.
-Em primeiro lugar entender se seu perfil comportamental é compatível com o que o trabalho exige
-Procurar adquirir o máximo de habilidades técnicas possíveis.
-Ser resiliente.

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