Uma história de sucesso depois de um AVC

03 de janeiro de 2015 por Vanessa Brollo

A ideia da Ariadne Zippin de criar uma panificadora móvel, a Pani em Casa, foi o que inicialmente chamou a minha atenção, mas conversando com ela descobri uma história de superação, uma história de sucesso depois de um AVC.  

A Ariadne era professora de marketing, tinha uma distribuidora de produtos pet, uma empresa de consultoria e  era presidente de uma ong  que dá consultoria jurídica gratuita. Ela também é membro da academia de letras José de Alencar. Ah sim! Ela também é casada, tem duas filhas e sete cachorros. Com tantas atividades, trabalhava 18 horas por dia, inclusive nos finais de semana, vivia estressada e ainda tinha que controlar uma hipertensão.

 Até que.... Até que o corpo pediu para parar. Ariadne teve um AVC ( Acidente Vascular Cerebral). Do momento que percebeu que não estava bem até a chegada da ambulância a Ariadne já não falava e não andava e os médicos avisaram que ela dificilmente voltaria a falar. Mas ela conseguiu evitar a sequela e voltou a falar, no início gaguejando, mas se comunicando. Depois de um ano em casa ela começou a pensar em uma maneira de ganhar dinheiro, afinal teve que abrir mão de uma boa renda por conta do problema de saúde. Teve a ideia de  fazer pão, até como forma de fisioterapia. Ela também precisava se exercitar e  decidiu sair andando pelo bairro onde mora, em Curitiba, oferecendo pão. As pessoas começaram a comprar e  também pediam bolos, salgados... A Ariadne, que antes não sabia cozinhar, foi ampliando o número de produtos e melhorando ainda mais a fala. “Como as pessoas não sabiam se eu era professora eu não tinha vergonha por estar gaguejando e assim eu comecei a me sentir bem melhor”, diz.

Depois do sucesso vendendo de porta em porta ela lembrou que a avó passou um tempo doente e não podia sair nem para comprar pão. Assim surgiu a panificadora móvel. A Ariadne comprou um carro que ficou meio parecido com o furgão do Scooby Doo. Uma graça!    Ela produz de manhã e sai de tarde para entregar, obedecendo a um roteiro semanal. O furgãozinho sai  recheado de pães, bolos e salgados. Os números comprovam o sucesso. No início foram 4 pães, hoje são vendidos de 200 a 300 pães por dia. Experimentei o pão caseiro e o pão de linguiça. Muito bom!!!!   A Ariadne diz que o AVC foi o que melhor lhe aconteceu na vida. A profissional agitada sem tempo para nada hoje se dá ao luxo de entregar o pão e também parar para tomar café com os clientes, conversar. Aliás, o trabalho que no início foi uma terapia para a Ariadne, hoje acaba sendo a terapia de outras pessoas que adoram um bom bate papo na hora da entrega do pão. “Aposentei o salto, a roupa executiva e se o brinco não combina com o colar, sem problemas. O importante é me sentir bem”. Das atividades antes do AVC a Ariadne continua presidente da ONG, que é um trabalho voluntário. “Eu abri mão de tudo e não me arrependo de nada”.

As dicas da Ariadne:

- Seja você mesmo. Quando comecei com o pão, muita gente me criticou, como assim uma professora fazendo pão? Quando comprei um carro velho novamente  falaram que era loucura.

- A gente tem que ter um olhar mais de criança. A vida fica muito mais colorida e mais divertida. Você tem que trabalhar se divertindo.

-Olhe para dentro de você. Faça o que te faz feliz. Vá em frente!

@ariadnezippin

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COMENTÁRIOS
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FERNANDA
04 de janeiro de 2015 Responder
Nossa, que história incrível! Realmente a questão do desapego ao "status" que ganhamos por determinadas profissões às vezes é essencial para a felicidade. Começar de novo, mesmo que com simplicidade, é um desafio que trouxe um novo sentido para ela e com certeza para muitos que conhecerem esta história. Adorei! Beijos!
VANESSA BROLLO
04 de janeiro de 2015 Responder
Também adorei contar essa história Fer. A Ariadne conseguiu desapegar de verdade de qualquer tipo de status e está super feliz. Beijos e obrigada pelo apoio de sempre
LUIS FERNANDO
20 de agosto de 2015 Responder
Parabens essa historia me inspiro a começar a vender pães caseiros nessa crise sem trabalho não podemos ter vaidade afinal não estamos roubando estamos tentando ganhar dinheiro honestamente!!!
VANESSA BROLLO
20 de agosto de 2015 Responder
Com certeza Luis Fernando. Vender pães é um trabalho honesto e digno. Tenha persistência e fé que tudo vai dar certo. Sucesso pra você. Obrigada pela visita ao blog.
DRI MINHOTO
24 de setembro de 2015 Responder
Linda história. Temos que entender que o mais importante é ser, e não ter!
VANESSA BROLLO
24 de setembro de 2015 Responder
Oi Dri, com certeza.Acho que histórias assim nos fazem refletir sobre o que realmente importa. Beijos e obrigada pela visita
RENATA BARCIK
25 de setembro de 2015 Responder
Ariadne é um doce de pessoa, seus pães são uma delicia! Tenho prazer de dizer também que ela é minha aluna de ginástica, pessoa maravilhosa!
VANESSA BROLLO
25 de setembro de 2015 Responder
Sim Renata, ela é o máximo mesmo. Adorei ter a oportunidade de contar tão bela história de vida. E que legal que ela é a sua aluna. Beijos e obrigada pela visita
NEIVA MEDEIROS
11 de outubro de 2015 Responder
Parabéns,anjo,eu também faço pão para vender aqui em Curitiba,e fico pesquizando receitas na net,até que me deparei com tua história,de vida de lutas,muitas vezes me da uma vontade de parar,mas depois do que li aqui...essa vontade passou...Deus te abençoe muito,e continue assim,firme e forte...
VANESSA BROLLO
11 de outubro de 2015 Responder
Oi Neiva, sou a jornalista responsável pelo blog. Vou falar para a Ariadne da sua bela mensagem para ela. Beijos e obrigada pela visita ao blog
CHRISTIANE PATRUNI
14 de outubro de 2015 Responder
A Ariadne é uma pessoa de muita luz e tenho certeza de que tem uma missão muito especial. Seu exemplo, força de vontade, criatividade e energia positiva contagiam e motivam a todos nós, além do que, seu empreendimento, a Pani em Casa é pra lá de original e um sucesso!
VANESSA BROLLO
14 de outubro de 2015 Responder
OLá Christiane, com certeza a ideia é original e a Ariadne é uma pessoa maravilhosa Beijos e obrigada pela visita ao blog
PAULO BONFIM
09 de março de 2016 Responder
bom dia parabens linda historia gostaria de saber o preço dos paes
VANESSA BROLLO
09 de março de 2016 Responder
Oi Paulo, sou a jornalista responsável pelo blog, que bom que gostou da história. No final do post tem o contato da empresária. Grande abraço e obrigada pela visita ao blog
NEIDE
20 de abril de 2016 Responder
ADOREI SUA HISTORIA,MORO EM ROLANDIA HA 1 ANO E MEIO MOREI EM CURITIBA 18 ANOS.VOLTEI PARA MINHA CIDADE NATAL,MAS AQUI TEM POUCO EMPREGO ESTOU PENSANDO EM FAZER PAO PARA VENDER ESUA HISTORIA ME ENCENTIVOU.OBRIGADA DEUS TE ABENCOE.
VANESSA BROLLO
20 de abril de 2016 Responder
Oi Neide, sou a jornalista responsável pelo blog. Que bom que gostou da história da Ariadne. Faça mesmo pão para vender. Pode ser um bom negócio. Abraços e obrigada pela visita ao blog
DANTE KAZUO HIRAOKA
07 de novembro de 2016 Responder
Ola Vanessa, gostei muito da história da Ariadne. Também ouvi no programa da rádio Banda B me motivou muito para um novo desafio na vida, visto que estou desempregado recentemente. Vou entrar em contato com a Ariadne. Obrigado e parabéns pelo blog
VANESSA BROLLO
07 de novembro de 2016 Responder
Que bom que gostou Dante. Fico Feliz! Te desejo sorte e sucesso no seu Plano B! Abraços Vanessa Brollo
LUCIANO ROBERTO
22 de novembro de 2016 Responder
cara que maneiro sou apaixonado por pães e muito bom ver vidas transformadas por esta pratica tao antiga de transforma farinha em pães e vidas em exemplo de vida
VANESSA BROLLO
22 de novembro de 2016 Responder
Que bom que gostou da história Luciano.Obrigada pela visita ao blog. Vanessa Brollo
PANIFICADORA DRIVE THRU PODE RENDER 14 MIL REAIS POR MÊS
17 de agosto de 2017 Responder
[…] faz PÃES ARTESANAIS de dar água na boca e  vai se inspirar com o exemplo da Ariadne que com a PANI EM CASA, leva a panificadora até a casa dos […]
DIRLEI
07 de maio de 2019 Responder
Olá Vanessa, sou Dirlei de Joinville SC. Me inspirei nesta história da Ariadne da Pani Paes, e gostaria de mais informações pra entrar de cabeça num negócio assim. Como faço pra ter um contato com ela para mais informações.
VANESSA BROLLO
08 de maio de 2019 Responder
Olá Dirlei algum tempo depois dessa entrevista a Ariadne parou de vender os pães. Mas acgo que ela nãos e importaria de conversar com você sobre . Mas eu só tenho contato com ela pelas redes sociais . Com o nome completo você consegue encontrá-la Att Vanessa Brollo
ANDREA CALDAS
18 de agosto de 2020 Responder
Adorei a história da Ariadne, gostaria do e mail dela para trocarmos ideias, sou professora e em tempos de pandemia é necessário reavaliar a felicidade!
VANESSA BROLLO
18 de agosto de 2020 Responder
OLá Andrea, no final do post tem o contato da Ariadne. Att Vanessa Brollo- jornalista
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